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sábado, 20 de outubro de 2012

A música ...

A Música como linguagem sonora verbal e não verbal utiliza os códigos lingüísticos do ritmo, do som, da letra e da melodia – estruturada ou não, harmônica ou dissonante respeitando as singularidades e diferenças de cada um. A Música ajuda a pessoa a manter contato com a realidade e o sentido da totalidade, não somente com aspectos abstratos do pensamento, mas em múltiplas formas que demonstram uma transformação e entendimento de novas criações musicais, podendo chegar à palavra e à verbalização. Os educadores afirmam que a Música proporciona um desenvolvimento pleno do ser humano. Ela amplia o campo de conhecimento possibilitando a intercomunicação e a convivência na diversidade, por meio das diferentes sonoridades, mobilizando o corpo, sentimentos, afetividade, imaginação e expressividade. Ressaltamos ainda que em cada um de nós existe um ritmo, marcação silenciosa de formas, ondas e ressonâncias individuais, que nos conectam com as demais coisas do universo. Esse ritmo chamado ISO (Identidade Sonora do Indivíduo), a formação de identidade sonora, caracteriza cada pessoa e é semelhante ao histórico da vida. O ISO é a representação do mundo sonoro do indivíduo e também está presente nas crianças que nascem com déficit auditivo (...). O ritmo antecede a melodia, por essa razão a música começou com palmas, percussão, muito antes do homem aprender a falar. Quando o ritmo, a melodia e a harmonia se integram e interagem, alcançam o ser humano em sua totalidade. Um dos elementos que compõe a Música é o ritmo. Ele é elemento pré musical por ser organizador e impulsor de equilíbrio, pode servir de recurso de aproximação. O ritmo também envolve a medida e a igualdade entre os intervalos do tempo. Assim alguns problemas de aprendizagem, principalmente a leitura e a escrita estão ligados aos ritmos simples e constantes. O aluno com dificuldades de aprendizagem necessita, muitas vezes, de uma reorganização do padrão rítmico. Esse ritmo interno, inerente, é representado pelos batimentos cardíacos, ao ritmo respiratório e pulsação, entre outros. Nesse sentido, destacamos os alunos que têm deficiência mental, em que a música exerce papel importante enquanto estratégia de alfabetização, possibilitando improvisações e composições espontâneas, permitindo aos alunos constituírem seus próprios textos e letras musicais. Permite, ainda, que a pessoa identifique seus sentimentos, suas crenças e valores nas letras musicais. A música está presente em todas as pessoas e em todos os grupos sociais e é parte ativa da cultura de todos os povos - está incorporada ao inconsciente coletivo de todas as pessoas. (...) Acrescentamos, ainda, que o mundo não verbal possui infinitos parâmetros se citarmos o timbre, a intensidade, a densidade e o volume, que variam conforme a mensagem que nos chega por diferentes sistemas de percepção. Concluímos, portanto, que proporcionar às pessoas acesso à Música e a todo esse jogo de combinações, praticamente infinito, significa uma valiosa oportunidade de inclusão com critério e ética .

 Fonte : SANTOS, Claudia E. C. dos. A Educação Musical Especial: Aspectos Históricos, Legais e Metodológicos. 2008. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós- Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal de Rio de Janeiro

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